Urze
Sky
se deitou, olhando as hienas e os leões, em cima de uma pedra, muito
parecida com a Pedra do Rei, porém, essa tinha um enorme crânio de elefante. Um pequeno grupo das ambas especies brigavam por um pedaço de
comida, mas o macho já estava acostumado com isso então, não
ligou. Algumas vezes, acontecia mortes mas do mesmo, ele obteve o
ditado: “enquanto um morre, outros
nascem”. E
de fato, é isso que acontece.
Flashback
Um pouco depois da morte de Corvus, enquanto Lótus conversava com
calma, sobre a morte de Corvus.
– Sky, eu sei que é rei que você queria, mas realmente precisava
matar seu pai? – ela perguntou, sentando-se ao lado do “filho”.
– Eu lhe chamei pois minha mãe morreu, deixando eu, Sun e Kioo.
Adotamos você como mãe em vez de me ajudar, me repreende. Tem
certeza que é assim que age uma mãe? – resmungou, olhando o lado,
mas sem deixar de olhar a barriga dela, que estava basante grande.
– Sim Sky, mães adotivas amam mas também repreende e... cuidam...
– a palavra “cuidam” saiu bastante fraca, como se não quisesse
falar ela.
O rei, curioso, olhou para Lótus e viu que a mesma fazia uma carteta
dolorosa, prendendo o ar. Uns segundos após, ela soltou um suspiro,
aliviada.
– Está tudo bem, mãe? – O leão de semblantes azuis-claros se
levantou, preocupado e alarmado.
– Sim, Sky está tudo bem. É apenas o filhote chutando forte. –
riu, mas sabia que Lótus mentia para si mesma.
Sky tentou ignorar, então decidiu sentar na frente dela.
… Os minutos iam passando, e de repente, ela faz novamente outra
careta.
– Mãe... tem certeza que está tudo certo?
Ela sorriu fraco ao filhote adotivo: – Não... para tem dois filhos
e um na barriga, as contrações estão vindo e logo esse irá
nascer. – disse em um tom baixo.
– Eu,,, eu vou chamar Baru e mais uma leoa para ajudar. – O leão
dourado miou rápido e logo saiu da Caverna do Elefante à procura de
Baru.
Infelizmente, havia passado longos minutos longe da mãe procurando
o amigo. “Onde está o maldito?” rosnou para si. Logo, ele viu um
leão castanho escuro rindo com uma outra leoa.
– Baru! – gritou para ele, em tom ofensivo que ambos os dois
foram correndo para o rei. – Vocês dois, não façam perguntas,
apenas venham para a Caverna do Elefante o mais rápido possível!
Quando
chegaram, ouviam-se alguns gritos e gemidos da caverna e junto, havia
um hiena, junto, ajudando Lótus. Assim que a matriarca das hienas
viu Baru e Sky, mandou eles saírem
de imediato e que apenas a fêmea poderia estar.
Enquanto os dois machos estavam nervosos do nascimento, Lótus sofria
pois haviam passado quase dez minutos e o filhote não nascia. Ela
gemia, dava espasmos de dor e nada, enquanto a hiena massageava de
leve a barriga da rainha para o novo filhote nascer.
Dezoito
minutos mais tarde, o filhote finalmente saiu. Era uma fêmea, grande
e saudável.
O pelo era como de Corvus, até o tufo da cauda, exceto o focinho,
que era como o da mãe.
Voltando ao presente...
Sky
saiu da Caverna do Elefante e viu Baru, o leão manco e sem o tufo da
cauda correndo em direção a ele.
– Rei
Sky! Ontem, o motivo de eu e Kiwa estar rindo e se divertindo, é que
descobrimos que ela está esperando filhotes! – o amigo de Sky
estava quase explodindo de emoção, ao contrário de Sky, que apenas
deu de ombros.
–
Parabéns para você, leão que tem uma fêmea. – rosnou. Se
tivesse esperado Corvus morrer ou ele renunciasse o trono, daria
tempo de pedir Ruby em casamento, agora vai ter de esperar outro
momento. Ele realmente gostava da leoa avermelhada, e gostaria que
eles ficassem juntos, porém, ele nunca conseguiu, pois ou ela estava
ocupada, ou com seu meio-irmão, Echo. Agora que estava livre dele,
esperava o momento certo. – Do mesmo, eu queria falar com você.
–
Obrigado, Rei Sky! – ele sorriu. – E o que o senhor gostaria de
falar comigo?
– Me
siga, vamos à um local melhor do que a Caverna do Elefante. É
secreto e deixei Lótus na caverna enquanto Naki não cresce.
Mais
Tarde....
Rei Echo estava conversando com o Babuino. Havia mandado sua ave,
Tusk para patrulhar.
– Então... porque existe reino no exílio? Você disse que apenas
hienas viviam e meu pai nunca me contou sobre nosso passado e disse
que isso era ridículo. Poderia me explicar o que houve?
Busara se sentou e colocou o cajado em sua frente: – Claro! Mas
fique bem atento. É uma longa história e ela provavelmente irá ser
passada de boca em boca. Não será os primeiros leões, pois houve
um acordo de paz entre eles, mas isso foi quebrado.
“Há duas gerações atrás, havia uma leoa. Não era conectada com
o reino ou era da realeza. Eu felizmente vi isso acontecer e que leoa
bonita! Era dourada com olhos azuis e orelhas extremamente pequenas.
A garota era cuidadosa e tinha um companheiro. Sorte a dele!” – O
ancião deu um pequeno riso – “Voltando a história, não lembro
bem o nome dela, mas a gente a chamava de Urze. Gentil e educada,
Urze adorava cuidar do reino e era amiga de muitos.
Um dia, houve o ataque das hienas, elas eram numerosas e impiedosas.
Começaram a matar os animais um por um silenciosamente. Se não
fosse por ela e seu companheiro, teríamos perdidos muitas presas.
Elas matavam e levavam, matava e levava, nesse ciclo vicioso. O seu
companheiro, Muffet, assim que viu as hienas, começou a batalhar
contra elas enquanto Urze chamava quem estava próximo.
Os leões iam bem, até um descuido de um filhote que queria lutar,
mas não deixaram. Esse filhote pulou em uma hiena e ela com o susto,
empurrou o filhote de seu cabelo e jogou o contra o chão, enfiando
suas garras nele.” – Echo se contraiu, imaginando o filhote sendo
morto. Um filhote que poderia fazer a diferença no reino. Que
poderia ter crescido sua própria família ou ser um grande caçador,
já era. – “Muffet, que estava lutando contra a líder do clã,
viu o filhote sendo morto e parou subitamente. Urze não vira, mas
apenas ouviram um rugido e quando eles viraram o olhar, a líder das
hienas segurava o pescoço do leão dourado que estava competindo.
Jorrava sangue de seu pescoço e apenas viam os olhos dele sem
brilho. Mesmo morto, a hiena apenas soltou quando ele fechou seus
olhos por causa da gravidade.”
Echo, surpreso decidiu interromper: – Mas você viu isso, não viu?
– arregalou os olhos, sem muito fôlego.
Ele encarou o leão e negou com a cabeça: – Isso? Não, eu não
vi. Foram o que me contaram. Posso continuar? – O leão com a
pelagem marrom concordou com a cabeça.
“Urze imediatamente saiu correndo, abandonando a luta, desistindo.
Não podia continuar lutando com seu companheiro morto ao seu lado.
Mesmo sendo delicada, isso era sua fraqueza. Se apegara de mais ao
leão amarelado e não sabia como soltar. Passou vários dias e
noites chorando, de luto, lamentando a morte de seu companheiro. A
sorte, é que uma de suas atividades favoritas era a caça. O
problema nisso? Acabou se viciando e começou a correr boatos de que
todas as vezes que ela trazia presa para casa, mesmo depois de ter
voltado com o grupo de caça, ela caçava sozinha e pegava uma presa.
Urze dizia que estava passeando e muitas vezes algo aparecia e matava
tal presa. Levava para casa para não deixar de lado.
As primeiras vezes, o reino entendeu, mas ao passar do tempo, estavam
achando estranho e o boato parecia cada vez mais verdade.
Urze, decidiu ir de vagar com isso, mas não conseguia e estava cada
vez mais atrapalhada com as mentiras. Para testarem, tiveram a ideia:
e se, colocássemos essa para outra coisa?. Parecia estar dando
certo. Colocaram ela para ajudante da rainha, assim, elas sempre
teriam coisas femininas para conversar.
Estranhamente, Urze não entendia muito bem os papos de fêmeas e
sim, falava bastante sobre luta, caça e reinos. Quando perguntavam
para Urze, ela dizia que era saudades de Muffet e que assim, trazia
boas lembranças dele.
Infelizmente, uma leoa, chamada Huruma, entrou no reino alguns dias
depois e a vida de Urze virou de cabeça para baixo. Ela era uma cor
creme claro e olhos avelã.
A novata não ia muito bem com a cara de Urze: viva dando em cima dos
machos com companheira ou sem e principalmente do rei. Os machos não
reclamavam muito, claro, mas poucos achavam estranho. Os poucos leões
que achavam isso estranho, perceberam que ela fazia isso longe do
reino ou a noite. Ela, com essas informações decidiu dedurar a
fêmea. De primeira, muitos achavam que eram invenção ou inveja de
Urze, pois ela não tinha macho. Mas, depois de muito insistir,
muitas fêmeas perceberam e começaram a ficar do lado de Urze,
exceto algumas que não ligaram.
O rei, que gostava de Huruma, negou e disse que iria ficar com ela no
reino. Urze acabou ficando com raiva e desafiou o rei, mas o príncipe
achou isso uma loucura! Que não faria isso. Um desafio para provar a
verdade? Mas Urze não ligou. Ela estava ficando paranoia dês da
morte de seu companheiro e guardava rancor sobre todos. Nesse dia, a
sua espera havia passado dos limites: Ela falou. Falou que ela estava
caçando por esporte, que as leoas do reino eram mimadas, que a
rainha não via a traição e que Huruma saia escondida para brincar
com machos.
Quando acabou, ela estava cansada e com a garganta seca de tanto
gritar e reclamar. Um ódio gerou na leoa e ela se arrependeu do que
fez. Eles começaram a xingar ela e rosnar, mas sem agredir. Com
raiva se acumulando aos poucos por causa do xingamento, ela atacou o
príncipe. O rei havia dois machos e o príncipe, infelizmente, era o
que estava ajudando a gerar o ódio e era quem mais falava e era o
que estava mais perto dela. Ela pegou ele pela juba que ainda crescia
e jogou a cara dele no chão, esmagando e saindo sangue. O príncipe
castanho claro morreu na certa.
O irmão do príncipe, Mwanga, com raiva da leoa, a puxou pela
cintura, fazendo ela cair no chão, com força e quando ia atacar a
coluna dela, o rei rugiu para Mwanga parar que conseguiu colocar a
pata no chão a tempo. Assim que colocou, sua pata não tocara na
rígida areia, e sim, em algo molhado e um pouco gosmento. Ele olhou
o chão arrepiado e viu sangue. Sangue escorria de baixo de Urze.
Aterrorizado, achando que matou a fêmea, ele recuou com pulos e
sacudindo a pata. Ele chorava de medo como nunca. O povo do reino
nunca viram o jovem príncipe tão assustado e então, a leoa deu
sinais de vida... mas... o que seria aquele sangue? Me chamaram para
examinar e até eu fiquei surpreso com o resultado.
Fazia tempo que o reino notara que a leoa estava ficando gordinha,
mas todos acharam que ela que comia de mais ou que era por causa da
caçada que ela comia em serviço algumas vezes. Mas ninguém nunca
pensou que aquilo poderia ser filhotes.”
O Rei se arrepiou de medo. Ela era mãe e havia perdido filhotes? –
P-pera, B-busara, você tem certez-a que eram filhotes? N-não era
machucado de sua barriga?
– Não me interrompa! – o babuino bateu o punho no chão. –
Onde eu estava? Ah, sim.
“Tenho certeza que eram filhotes. Não havia cortes em sua barriga.
Deduzi que o impacto da puxada de Mwanga pressionou os filhotes e
eles morreram de imediato, assim como seu irmão.
Para confirmar, antes de Urze ir para o exílio por caçar por
esporte, matar o príncipe e mentir para o reino, ela ficou um tempo
comigo. Falei de seus filhotes e ela com raiva e chorando falou que
sabia deles. O motivo de não ter contado é que não confiava e
ninguém e não esperava que um dia isso ia acontecer. Ela disse que
soube quando estava dando uma patrulha perto do exílio e sentiu
algumas dores, isso alguns dias antes da morte de Muffet. Ela se
lembrou de quando conversava sobre gravidez e como saber se era.
Ficou feliz por saber e o dia que as hienas atacaram, fora o dia que
ela contou sobre a gravidez para Muffet.
No dia seguinte, sem mais nem menos, Muffet foi expulsa do reino e
algumas leoas junto com os leões que não gostavam de Huruma,
seguiram ela para o exílio.”
Echo abaixou a cabeça em tristeza por Urze. Nunca ouvira essa
história, mas não sabia que era tão profunda assim.
Apos a história, Tusk chegou um pouco depois, falando que vira
alguns leões caçando por perto do local e levando para o exílio.
NOTAS
FINAIS
E
então? O que vocês acham que o exílio está aprontando?
Também
estou pensando em mudar a “história” Como assim? Não será mais
nas Terras do Reino e sim Orgulho dos Pássaros, por haver muitos
pássaros lá. É. Sem muita ideia xD